Mário de Oliveira líder da Quadrangular é processado por ofensas a pastor
O pastor Mário de Oliveira, líder da Igreja Evangelho Quadrangular, está enfrentando um processo judicial movido pelo pastor Lourival Matos Pereira, acusado de calúnia e difamação. A disputa surgiu após desentendimentos ocorridos durante a 49ª Convenção Nacional da denominação, onde declarações públicas inflamadas geraram tensão entre os dois líderes.
Durante o evento, Mário de Oliveira fez comentários contundentes sobre Lourival, chamando-o de ingrato e demonstrando sua frustração ao afirmar que, apesar de ter enviado R$4 milhões para a igreja de Lourival, nunca recebeu um agradecimento.
Em um momento de raiva, ele chegou a jogar o microfone no chão ao mencionar o nome do pastor. “Desses R$16 milhões, R$4 milhões foram enviados para a igreja do Lourival. Nunca recebi um telefonema de agradecimento”, declarou Oliveira, evidenciando seu descontentamento.
Lourival Matos Pereira é conhecido por sua forte influência política dentro da Igreja Evangelho Quadrangular e pelo apoio dos fiéis. Ele frequentemente ignora as orientações da denominação em relação a candidatos políticos, o que demonstra sua independência nas decisões.
Além disso, Lourival entrou com uma ação no Tribunal de Registros Públicos de São Paulo para anular alterações no estatuto da igreja e declarar nula uma ata, alegando falhas na condução das convenções.
O processo entre os pastores não se limita apenas às acusações de calúnia. O Ministério Público do Pará está investigando Lourival por possíveis irregularidades financeiras, incluindo desvio de dízimos e lavagem de dinheiro. As alegações incluem o uso indevido da imunidade tributária da igreja para beneficiar empresas pessoais e a falta de prestação de contas em eventos arrecadatórios.
A situação tem gerado preocupação entre os membros da Igreja Evangelho Quadrangular e a comunidade cristã em geral. Especialistas alertam que a falta de transparência e a politização das questões internas podem comprometer a credibilidade da instituição. A resposta oficial da IEQ Nacional tem sido cautelosa, com informações sobre as denúncias sendo analisadas sigilosamente pelo Conselho Nacional.