Pastor Luiz de Jesus enfrenta processo por oração de “Cura Gay” em Tocantins
O pastor Luiz de Jesus, líder da Igreja Evangélica Catedral da Família, está no centro de uma controvérsia após ser alvo de um processo movido pelo Coletivo SOMOS por oração pela cura gay. A ação foi protocolada na última sexta-feira, 29, no Ministério Público do Estado do Tocantins (MPE-TO), solicitando a investigação do pastor por práticas de curandeirismo.
De acordo com o Coletivo SOMOS, as orações que visam a “libertação” de pessoas da comunidade LGBTQIA+ constituem uma grave violação de direitos humanos. Essas práticas são consideradas discursos homofóbicos, que desde 2019 são equiparados ao racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O coletivo ressalta que a promoção dessas crenças não apenas fere os direitos da população LGBTQIA+, mas também perpetua um ambiente de discriminação e violência. Durante uma das orações, o pastor declarou: “Jesus gritou na minha alma: ‘Vai casar com homem, vai ter filhos. A partir de hoje, vai se vestir igual mulher, porque Jesus arranca o demônio lá de dentro agora’”.
Essa declaração gerou indignação e reforçou a necessidade de investigação sobre suas atividades. Além disso, os pais de uma adolescente participaram da oração, expressando preocupação sobre a orientação sexual da filha. A jovem foi incentivada a afirmar que sua “vida será mudada”.
O Coletivo SOMOS também destacou outro incidente preocupante envolvendo a igreja, onde foi anunciada uma suposta cura de câncer. “Já já iremos postar um vídeo da cura de um câncer na igreja. Não iremos parar”, afirmou o pastor, levantando questões sobre a ética das promessas feitas em nome da fé.