Os juros futuros apresentaram uma queda significativa nesta segunda-feira, com destaque para o longo prazo, que caiu 26 pontos-base.
Essa baixa foi principalmente impulsionada pela desvalorização do dólar, após o anúncio de uma pausa de um mês na aplicação de tarifas dos Estados Unidos contra o México.
As taxas da T-note de 10 anos e do T-bond de 30 anos também fecharam em baixa, contribuindo para esse movimento.
No cenário interno, há expectativa para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e o Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro, além do retorno das atividades no Congresso.
Desempenho das Taxas de Juros
A taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 caiu para 14,865%, comparado a 14,916% no ajuste anterior.
O DI para janeiro de 2027 diminuiu para 14,825%, contra 14,970%, e a taxa para 2029 reduziu para 14,445%, de 14,712% no ajuste anterior.
“Estamos vendo uma dinâmica mais positiva, de alívio nos juros, desde janeiro e que se estende hoje, no início de fevereiro, apesar de o cenário global voltar a ficar turbulento”, — Especialista em Economia
A apreciação cambial e a redução das taxas dos EUA no vértice mais longo ajudam na reprecificação de taxas ao redor do mundo, justificando a queda na curva de juros doméstica.
Impacto das Tarifas dos EUA e do México
O real ganhou força em relação ao dólar após a presidente do México, Claudia Sheinbaum, confirmar acordos com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, incluindo uma pausa de um mês na imposição de tarifas que entrariam em vigor. A notícia foi confirmada por Trump.
“Com essa notícia, deu para ver que existe um ímpeto político e uma retórica econômica de Trump, mas também existe um componente de negociação muito forte por trás de tarifa. Então ajudou um pouco pelo menos neste campo de juros e moedas” — Especialista em Economia
O dólar à vista caiu 0,35%, fechando a R$ 5,8160. A taxa da T-note de 10 anos recuou para 4,529%, de 4,536%, e a do T-bond de 30 anos caiu para 4,757%, de 4,788%.
Expectativas para o Cenário Interno
No cenário doméstico, a ata do Copom, prevista para amanhã, é aguardada ansiosamente pelo mercado.
O comunicado anterior foi visto como mais flexível, levantando expectativas sobre possíveis esclarecimentos.
Além disso, o Tesouro divulgará seu Plano Anual de Financiamento (PAF) e realizará um leilão de NTN-B e LFT.
As atenções também se voltam para o Congresso, com o retorno das atividades após a eleição de Hugo Motta e Davi Alcolumbre como presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, respectivamente.