Pastor morre a caminho do hospital e familiares acusam UPA de negligência
O pastor Edilson Silva de Jesus morreu na ambulância a caminho do hospital em Cariacica na última sexta 17. Familiares da vítima acusam o UPA de Guarapari de negligência médica, pois após aplicar um medicamento junto com o soro, o paciente perdeu todos os sentidos e veio a falecer em seguida.
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Segundo informou o Tribuna Online, Edilson já tinha procurado atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarapari por três vezes. Em uma delas, chegou a ficar internado por quatro dias.
A família acredita que a morte do pastor poderia ter sido evitada se a UPA não tivesse sido negligente no atendimento. De acordo com os familiares houve demora na transferência para um hospital com recursos.
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De acordo com informações da filha do pastor, Alexia Silva de Jesus, 19, e a sogra, Valdete Alves, 50, o caso foi tratado inicialmente como uma virose. Depois a versão foi mudada para um caso de bactéria. Por fim, o pastor veio a falecer sem que a família soubesse o real motivo.
“Ele estava sentindo muitas dores, vomitando e com um incômodo no estômago. Ele foi na UPA pela primeira vez, sendo atendido na madrugada do dia 7. Eles disseram que era uma virose e passaram apenas remédio de dor”, lembra a filha.
Já na segunda vez, o pastor Edilson Silva foi informado que estava com dois tipos de viroses. E de acordo com a família, outros remédios para dor foram passados. Já na terceira vez no UPA, o pastor foi internado imediatamente. A doença segundo a unidade,se tratava, na verdade de uma bactéria.
“Meu pai parou de urinar, do nada, e ninguém nos informava o que estava acontecendo”, disse a filha.
O pastor recebeu uma medicação por meio do soro e a família a credita ser isso ter causado a morte dele.
“Ele apagou com essa medicação. Não falava mais nada, não abria os olhos. E eles não falam que remédio é esse. Depois , entubaram ele, sem nenhuma explicação. Aí me deram o papel para corrermos atrás de uma vaga em um hospital. Mas ele morreu na ambulância”, conta a sogra.
O pastor morreu na madrugada de sexta-feira e, na certidão de óbito, consta que o motivo foi choque séptico, endocardite infecciosa e valvopatia mitral crônica calcificada.
Valdete Alves e filha Alexia Silva disseram que o pastor Edilson Silva de Jesus morreu sem que a família soubesse a causa .
Direção da UPA se defende e diz que realizou procedimentos necessários
A direção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarapari informou que o pastor Edilson Silva de Jesus, de 42 anos, deu entrada na unidade no dia 7 de janeiro e, na ocasião, foi atendido, medicado e liberado após relatar melhora dos sintomas.
No dia 13, o paciente foi medicado e, segundo a UPA, além de ter realizado todos os exames necessários e disponíveis, de acordo com seu quadro clínico, ele foi cadastrado na Central de Regulação de Leitos de Internação (regulação estadual) e aguardava a liberação de uma vaga em hospital.
Edilson Silva de Jesus apresentou piora do quadro no dia 16 pela manhã e foi encaminhado à sala de emergência, onde foram realizados todos os procedimentos necessários para a manutenção e estabilidade do quadro clínico do paciente, até a liberação da vaga.
A vaga foi cedida às 14h52, quando imediatamente foi acionada a remoção (UTI móvel), de competência estadual. O paciente foi transferido na mesma data pela empresa que presta serviços ao Estado.
Manifestação
A sogra do pastor, Valdete Alves, disse que está organizando uma manifestação porque conheceu outros familiares que passaram pela mesma situação.
Com Informações : Tribuna Online