O que está por trás da morte de Pastor que foi assassinado em Serra, no Espírito Santo
Um Pastor foi assassinado na cidade de Serra, no estado do Espírito Santo. A morte aconteceu na tarde de domingo, dia 23. A polícia declara não ter a motivação do assassinato de Fernando Lúcio Pissara. Não há ninguém preso suspeito pelo crime.
ele foi assassinado em frente à Igreja, pela qual o Pastor e professor era responsável, no bairro de São Judas Tadeu. Ele foi morto quando acabava de chegar em casa, para trocar de roupa, pois momentos antes tinha ido à Igreja preparar um culto. Ele foi sepultado ontem, também, na cidade de Serra no Espírito Santo.
Fernando Pissara, no ano de 2012, fez diversas denúncias quando comandava uma congregação da Assembléia de Deus, no bairro São Marcos. Ele havia denunciado que a congregação da Serra, tinha muitas dívidas com diversos fornecedores. E que a quantia do dízimo destinada para pagar estes fornecedores, estava indo para as contas de alguns pastores da Igreja.
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A Polícia Civil não quis dar detalhes da investigação sobre o assassinato de Fernando.
A família do professor e pastor, relatou que ele não vinha recebendo ameaças de morte, recentemente.
Há sete anos, em 2012, quando Fernando denunciou as irregularidades. Ele disse que as descobriu no momento em que alugou um espaço na sede da Igreja. Lá, Fernando montou uma ONG (Organização Não Governamental) que ofertava atividades à crianças carentes e com risco social. Durante sua estadia na sede da Igreja, ele percebeu que constantemente fornecedores se dirigiam ao local para cobrar dívidas.
Pissara, ainda relatou na época, que após a sua desconfiança e princípio de investigação, levaram a caixa da Igreja para a casa do tesoureiro. Fato, este, que não o desanimou e ele continuou a procurar por irregularidades.
Ele acabou descobrindo que a Igreja vendeu carros e imóveis de terceiros em benefício próprio.
Ele pode ter sido assassinado , pois foram descobertas irregularidades na documentação para o alvará de funcionamento da instituição. E uma das denúncias mais graves, que a foi a falta de higiene do local. Foram encontrados ratos mortos na caixa de água que abastecia os bebedouros da instituição religiosa.
Em 2012, quando fez as denúncias o pastor relatou que recebeu ameaças de morte por parte de alguém que representava a Assembléia de Deus. Segundo Fernando, ele chegou a formalizar que estava recebendo ameaças por conta das denúncias que havia feito.
O religioso foi expulso da Igreja, logo após a sua atitude de denunciar as irregularidades. Porém, entrou com recurso à Convenção das Assembléias de Deus no Estado para reverter a situação.
A ONG que o pastor Pissara comandava, acabou sendo fechada por conta das denúncias. Mais de 120 crianças deixaram de ser atendidas, com cursos de violão, informática, canto, música e reforço escolar.
A Igreja que ele havia aberto, ficava a alguns passos de sua residência. O assassino, abordou Fernando e efetuou dois disparos, que causaram sua morte. O Pastor não tinha inimigos e era morador a muitos anos da cidade de Serra, no Espírito Santo. Resta à polícia investigar a relação do assassinato do pastor com os fatos ocorridos em 2012.